Como pedir seguro-desemprego: veja como calcular valores e dar entrada no benefício 

Se você passou por uma demissão recentemente, saiba que existe um benefício que pode te deixar amparado durante estes meses sem um emprego: é o seguro-desemprego.  

Feito especialmente para suprir as necessidades básicas dos trabalhadores enquanto buscam por uma nova oportunidade do mercado, este benefício já tem mais de 30 anos de história, e ajuda diariamente milhões de brasileiros. 

Confira abaixo se você tem direito, como pedir seguro-desemprego, até quantos reais pode chegar cada parcela e como dar entrada no benefício pela internet ou telefone.  

O que é o Seguro-desemprego?

O seguro-desemprego é um valor pago em até cinco parcelas aos trabalhadores que foram demitidos sem justa causa dos seus empregos. Ele é um dos benefícios garantidos para quem trabalha formalmente, ou seja, com carteira assinada CLT.  

Mas fique de olho: não são todos os trabalhadores que têm direito de pedir o seguro, e existem requisitos e regras para conseguir dar entrada.  

Quem tem direito ao Seguro-desemprego?

Veja quem pode receber as parcelas seguro-desemprego: resumidamente, se você trabalhou registrado com carteira de trabalho assinada, mas foi demitido involuntariamente e sem justa causa (dispensado sem nenhum motivo legal), então tem direito de receber o seguro-desemprego.  

Se a sua empresa está te oferecendo um curso ou programa para qualificação profissional, e para isso você precisará ser dispensado das tarefas de trabalho, então também terá direito a receber o seguro-desemprego.  

Além destes, também podem solicitar o seguro-desemprego empregados domésticos, trabalhadores que são pescadores profissionais e estão durante o período do defeso, e ainda pessoas que foram resgatados de condições análogas à escravidão.  

Abaixo estão mais requisitos para solicitar o benefício e outras categorias de profissionais:  

• Não ter outras rendas para sustentar a família 
• É necessário estar desempregado quando for solicitar o benefício 

Valor do Seguro-desemprego em 2023 

Para saber qual o valor do seguro-desemprego, você precisará calcular qual era a média dos seus últimos 3 salários recebidos antes da demissão.  

Para isso, é só conferir os 3 últimos holerites de pagamento, ver o valor final deles, somá-los, e depois dividir por 3. Assim você consegue ter uma ideia do valor máximo seguro-desemprego. 

Ainda de acordo com as regras, depois de pegar este valor médio, será necessário multiplicar por 0,80, ou então 80%.  

Mas calma que não para por aí! Existem valores máximos também para cada valor e salário médio. Veja abaixo os limites e mais regras para calcular as parcelas do seu seguro-desemprego:  

Regras: parcelas do Seguro desemprego 

Seguem as principais regras para receber as parcelas do seguro-desemprego após uma demissão: 

• É preciso ter recebidos salários de uma empresa (pessoa jurídica) ou pessoa física inscrita no CEI 
• Se for a primeira vez pedindo o benefício de seguro-desemprego, então será preciso ter trabalhado pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses antes da demissão. Neste primeiro pedido, ao ter trabalhado 12 meses, você terá direto a receber 4 parcelas, e se trabalhou 24 meses, receberá 5 parcelas do seguro.  
• Se for a segunda vez pedindo, então é preciso ter trabalhado 9 meses nos últimos 12 meses depois da demissão. Você terá direito a 3 parcelas se tiver trabalhado 9 meses, 4 parcelas ao trabalhar 12 meses, e 5 parcelas se tiver trabalhado 24 meses 
• Se for a terceira vez ou mais, então é preciso ter trabalhado cada um dos 6 meses anteriores a data da demissão. Você terá direito a 3 parcelas do seguro se tiver trabalhado 6 meses, 4 parcelas ao trabalhar 12 meses, e 5 parcelas se tiver trabalhado 24 meses 
• As parcelas não poderão ser menores do que um salário-mínimo, que em 2023 é de R$1.302,00 

Exemplo de cálculo de seguro-desemprego para salário médio de R$2.400 

Veja quanto ficam as parcelas do seguro-desemprego, conforme o cálculo e exemplos de salários médios abaixo:  

Lembrando que os valores de exemplos são estimativas, e podem variar após o cálculo feito oficialmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego.  

Como pedir seguro-desemprego?

Ao receber o Documento do Requerimento do Seguro-Desemprego, concedido pela empresa que te demitiu, basta entrar em um dos seguintes canais para solicitar o benefício: portal Emprega Brasil dentro do site do Governo, aplicativo Carteira de Trabalho Digital, e-mails corporativos das Superintendências Regionais do Trabalho (o de São Paulo é trabalho.sp@ecnomia.gov.br), ou ainda pelo telefone seguro-desemprego 158.  

Veja mais detalhes sobre cada canal abaixo:  

Como dar entrada no seguro-desemprego pela internet 

Estes são os passos para dar entrada pelo site do Governo e agendar seguro-desemprego pela internet: 

1. Primeiro acesse o site do Governo e clique em “iniciar”, botão verde que fica ao lado do texto “Solicitar o seguro-desemprego
2. Você verá a mensagem “Bem-vindo(a) ao Portal Emprega Brasil”  
3. Clique no botão “entrar com GOV.BR” e faça login na conta online do Governo. Caso não tenha ainda, será necessário criar e completar o cadastro com seu CPF 
4. Ao fazer o login, você verá as opções do Portal Emprega Brasil, como “Carteira de Trabalho Digital”, Abono Salarial, e “Seguro-desemprego”. Clique nesta última 
5. Em seguida, clique em “solicitar seguro-desemprego “ou “solicitar seguro-desemprego empregado doméstico”. Nesta mesma área é possível consultar detalhes do seu benefício também
6. Por fim, digite o número do Requerimento do Seguro-Desemprego que sua empresa anterior te entregou 
7. Ao digitar, vão aparecer todas as informações e seus dados cadastrais relacionados ao futuro seguro-desemprego. Leia tudo atentamente e depois clique em “concordar” e “concluir” 
8. 8 – Depois é só seguir os passos finais indicados no site 

Como dar entrada no seguro-desemprego pelo celular 

Para dar entrada no seguro pelo seu celular, você precisará baixar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital e seguir os seguintes passos: 

1. Depois de baixar o app na lojinha do seu celular Android ou IOS, faça o login do Governo  
2. Ao fazer o login, você verá as opções do aplicativo, e para dar entrada, você precisa clicar em “benefícios” e depois em “seguro-desemprego” 
3. Em seguida, clique em “solicitar” 
4. Nesta parte, o processo se parece com o do site: dirige o número do Requerimento do Seguro-Desemprego que sua empresa anterior te entregou 
5. Agora é preciso revisar todos os detalhes sobre o seu emprego anterior, como data de contratação e demissão, motivo da demissão, valores dos salários, etc. 
6. Leia tudo com atenção, depois clique em “confirmar” 

Fique atento: se você procurar por App seguro desemprego, provavelmente não encontrará nada, ou então vai achar aplicativos que são mentirosos. O único aplicativo oficial para pedir o seguro é p App Carteira de Trabalho Digital.  

Telefone para agendar seguro-desemprego 

Também é possível solicitar e agendar seguro-desemprego por telefone: ligue para 158, ou então para uma das agências do trabalho do seu estado clicando aqui. 

1. São Paulo: Telefone: (11) 2113-2806
2. Rio de Janeiro: Telefone: (21) 3805-2900  
3. Minas Gerais: Telefone: (31) 3270-6100 

Agendar seguro-desemprego presencial 

Você pode ir diretamente em um a das unidades das Superintendências Regionais do Trabalho do seu estado. Veja abaixo alguns dos endereços:  

1. Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo: Avenida Prestes Maia, 733, Luz – Cep: 01031-905 – São Paulo/SP 
2. Superintendência Regional do Trabalho do Rio de Janeiro: Av. Presidente Antônio Carlos, n° 375, sala 914, Centro, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20020-909 
3. Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais: Av. Afonso Pena, 1.316, Centro, Belo Horizonte/MG 
4. Superintendência Regional do Trabalho e Previdência do Paraná: Rua José Loureiro, n. º574, Centro – CEP: 80.010-924 Curitiba/PR 

Para agendar seguro-desemprego presencial, fique de olho nos horários: o atendimento geralmente é feito de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. 

Documentos para dar entrada no seguro desemprego 

Você só precisará de dois documentos para dar entrada no seguro-desemprego:  

• O Documento de Requerimento do Seguro-desemprego, que será dado pela empresa que te demitiu 
• Número do seu CPF 

Super simples, né?  

Ao assinar as documentações da sua demissão, é muito provável que o responsável do RH já te dê o documento de requerimento, mas caso não dê neste momento, não se esqueça de cobrar e pedir um prazo para que o mesmo seja entregue para você, ok?  

Lembrando que você pode dar entrada no seguro 7 dias depois da demissão.  

Como acompanhar a liberação do seguro-desemprego 

Você pode acompanhar a liberação do benefício através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital, ou site do Governo, no portal Emprega Brasil.  

O caminho para conferir é o mesmo: é preciso fazer login do Governo, e clicar nas opções relacionadas ao seguro-desemprego.  

Quanto tempo após a demissão pode dar entrada no seguro-desemprego 

O tempo para dar entrada e de liberação do seguro pode mudar de acordo com o tipo do trabalhador. Veja abaixo:  

• Para trabalhadores formais registrados na CLT, é possível dar entrada entre o 7º ao 120º dia após a demissão 
• Para trabalhadores que são pescadores artesanais você pode dar entrada entre o 7º ao 120º dia após a demissão 
• E para empregados domésticos, você pode dar entrada entre o 7º ao 90º dia após a demissão 

Como o seguro-desemprego é pago 

O Agente Pagador do seguro-desemprego é a CAIXA Econômica Federal, ou seja, é este banco quem faz os pagamentos das parcelas através do Cartão Cidadão, pode ser sacado diretamente em uma agência da CAIXA, ou ainda por meio de um depósito em conta corrente ou poupança para clientes CAIXA.  

A CAIXA usa recursos do FAT (Portal do Fundo de Amparo ao Trabalhador) para fazer os pagamentos aos beneficiários do seguro. 

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E para finalizar, aqui está nossa dica de ouro: Como usar o seguro da melhor forma possível? Devo guardar? Fazer reserva de emergência? Investir? Ou sobreviver?

De acordo com a nossa educadora financeira Bruna Allemann, o que deve vir em primeiro lugar são as prioridades básicas como: saúde, alimentação, educação, moradia e transporte. Tudo que seja extremamente necessário para sustentar a família, sem nenhum luxo.

Depois, ela recomenda ir por etapas:

• Se já tiver reserva de emergência, então invista esse valor que você vai receber do seguro-desemprego.
• Tem dívidas? Aguarde se reposicionar profissionalmente ou negocie as parcelas para que afete o mínimo possível da sua renda ou custos mensais.

Agora não é o momento de nenhuma loucura financeira, muito menos investir em um negócio sem garantia de retorno. Investimento só se for financeiro em produtos seguros.

FAQ: Perguntas frequentes 

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