Nanoempreendedorismo: desvendando o futuro do empreendedorismo em pequena escala

O nanoempreendedorismo é uma nova categoria criada com a reforma tributária. Já ouviu falar nela? Não? Então leia este artigo e descubra como funciona!

Você já ouviu falar em nanoempreendedorismo? Pense na vizinha que faz e vende bolos deliciosos ou no artesão que comercializa suas criações na feira local.

Essas pequenas iniciativas são exemplos de nanoempreendedores: pessoas que, com criatividade e esforço, transformam habilidades em fonte de renda.

Mas o que exatamente é o nanoempreendedorismo? Como ele se diferencia de outras formas de empreender? E por que é tão importante para a economia?

Se você se fez essas perguntas, está no lugar certo. Neste artigo vamos mostrar tudo o que você precisa sobre essa nova categoria de empreendimentos. Vem com a gente! 

O que é o nanoempreendedorismo?

Nanoempreendedorismo é uma forma de negócio voltada para pessoas que trabalham por conta própria, com operações em pequena escala e faturamento anual de até R$ 40,5 mil. 

Essa categoria foi introduzida pela reforma tributária brasileira para facilitar a formalização de trabalhadores informais, como vendedores ambulantes, artesãos, diaristas e pequenos prestadores de serviços.

Diferentemente do Microempreendedor Individual (MEI), o nanoempreendedor não precisa de um CNPJ, atuando como pessoa física, o que simplifica o processo e reduz a burocracia. 

A principal característica do nanoempreendedorismo é a isenção de impostos como o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), criados pela reforma tributária.

E o que isso significa? Que esses pequenos empreendedores não serão sobrecarregados com tributos que poderiam inviabilizar suas atividades.

Além disso, a formalização possibilita o acesso a benefícios sociais, como aposentadoria e auxílio-doença, e facilita a obtenção de crédito para investir no negócio. 

Veja o que diz o site oficial do Governo:

 Os nanoempreendedores não são contribuintes (ou seja, não pagam) o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Site Gov.BR

Diferenças entre nanoempreendedorismo, microempreendedorismo e empreendedorismo tradicional

O nanoempreendedorismo é a categoria mais simples de negócio, voltada para autônomos que trabalham individualmente, sem necessidade de CNPJ e com faturamento anual de até R$ 40,5 mil.

Já o microempreendedorismo se refere ao Microempreendedor Individual (MEI), que exige CNPJ e permite um faturamento maior, até R$ 81 mil por ano.

Por fim, o empreendedorismo tradicional envolve empresas estruturadas, podendo ter funcionários, diversos clientes e faturamento acima do MEI, sujeitando-se a mais impostos e obrigações legais.

Imagine três amigos: João, Maria e Carlos.

João vende salgados na rua e recebe pedidos pelo WhatsApp. Ele não tem um CNPJ e fatura pouco por mês, mas seu trabalho é sua principal fonte de renda. Ele é um nanoempreendedor.

Maria, por sua vez, começou vendendo bolos de pote e decidiu se formalizar como MEI. Com isso, ela abriu uma conta PJ, conseguiu uma maquininha de cartão e pode emitir notas fiscais. Ela vende mais e fatura até R$ 81 mil por ano, sendo uma microempreendedora.

Já Carlos resolveu abrir uma confeitaria com funcionários, aluguel de espaço e estratégias de marketing para expandir o negócio.

Ele precisou registrar a empresa como ME, pagando mais impostos e assumindo obrigações fiscais maiores. Ele se encaixa no empreendedorismo tradicional. Entendeu a diferença?

Você sabia que existe um programa que apoia pessoas inscritas no Cadastro Único a conquistar mais autonomia financeira? Conheça o Programa Progredir – Programa Progredir: O que é e como fazer parte em 2025.

Qual a importância do nanoempreendedorismo para a economia?

O nanoempreendedorismo é fundamental para a economia porque gera renda para milhões de pessoas, especialmente em comunidades mais vulneráveis, onde o emprego formal nem sempre está disponível.

Ao permitir que pequenos trabalhadores atuem sem burocracia e custos elevados, essa modalidade fortalece o mercado local, estimula o consumo e reduz a informalidade.

Além disso, com a recente inclusão dessa categoria na reforma tributária, nanoempreendedores podem ter acesso a benefícios previdenciários e crédito, o que contribui para maior estabilidade financeira e crescimento econômico sustentável.

Veja também:

  1. Consultar MEI pelo CPF: passo a passo rápido e fácil 
  2. Quem recebe Bolsa Família pode abrir MEI? Confira as regras!
  3. Empréstimo para MEI liberado pelo Governo existe? Como solicitar?

Quem pode ser um nanoempreendedor?

Qualquer pessoa que trabalhe por conta própria e tenha um faturamento de até R$ 40,5 mil por ano pode se enquadrar como nanoempreendedor. Dentre os principais beneficiários estão:

  1. Vendedores ambulantes – Quem vende alimentos, roupas, acessórios ou outros produtos em feiras, ruas ou porta a porta;
  2. Artesãos e costureiras – Profissionais que produzem e vendem peças feitas à mão, como bijuterias, roupas e itens decorativos;
  3. Diaristas e prestadores de serviço – Pessoas que oferecem serviços de limpeza, jardinagem, pintura, entre outros;
  4. Entregadores e motoristas de aplicativo – Quem trabalha por meio de plataformas digitais, considerando 25% do valor bruto recebido como receita tributável;
  5. Pequenos produtores de alimentos – Quem faz e vende marmitas, doces, bolos e outros alimentos caseiros;
  6. Trabalhadores digitais autônomos – Como designers, redatores e freelancers que prestam serviços de forma independente.

A grande vantagem dessa modalidade é a possibilidade de empreender com flexibilidade, sem altos custos ou burocracias, tornando-se uma excelente alternativa para quem busca autonomia financeira.

O ecossistema e o nanoempreendedorismo

O ecossistema do nanoempreendedorismo é composto por diversas ferramentas, comunidades e programas que auxiliam pequenos empreendedores a iniciar e desenvolver seus negócios de forma eficiente e sustentável.

Ferramentas e tecnologias acessíveis para nanoempreendedores

Atualmente, existem várias ferramentas digitais que facilitam a gestão e promoção dos negócios dos nanoempreendedores:

  1. Canva: uma plataforma gratuita que permite criar materiais de marketing, como posts para redes sociais, de maneira simples e intuitiva;
  2. Google Forms: ideal para coletar feedback dos clientes, auxiliando na melhoria contínua dos produtos ou serviços oferecidos;
  3. Aplicativos de controle financeiro: ferramentas que ajudam a gerenciar as finanças do negócio, monitorando receitas e despesas de forma organizada.

Essas ferramentas são essenciais para otimizar o tempo e os recursos dos nanoempreendedores, permitindo que eles se concentrem no crescimento de seus negócios.

Comunidades e redes de apoio a nanoempreendedores

Participar de comunidades e redes de apoio pode ser extremamente benéfico para nanoempreendedores, oferecendo oportunidades de networking, aprendizado e colaboração. Dentre as principais comunidades estão:

  1. Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas): oferece suporte abrangente, incluindo consultorias, cursos e eventos para pequenos empreendedores em todo o país;
  2. Feira Preta: uma plataforma que apoia empreendedores negros, promovendo eventos, capacitações e acesso a mercados;
  3. Redes Sociais: grupos no Facebook e LinkedIn dedicados ao empreendedorismo podem ser fontes valiosas de suporte e troca de experiências.

Essas redes proporcionam um ambiente de suporte, onde nanoempreendedores podem compartilhar experiências, obter conselhos e encontrar parceiros para colaborar em seus projetos. 

Mentoria e programas de capacitação para nanoempreendedores

A participação em programas de mentoria e capacitação é fundamental para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos necessários. Dentre elas estão:

  1. Anjos do Brasil: oferece um programa de mentoria para startups e pequenos empreendedores, conectando-os com profissionais experientes do mercado;
  2. Sebrae Delas: programa voltado para o empreendedorismo feminino, oferecendo capacitação, mentoria e networking para mulheres empreendedoras;
  3. Endeavor Brasil: disponibiliza conteúdos educativos, cursos e programas de mentoria para empreendedores em diferentes estágios de desenvolvimento.

Esses programas fornecem as ferramentas e o conhecimento necessários para enfrentar os desafios do mercado, promovendo o crescimento sustentável de seus negócios.

Está gostando deste artigo? Então leia também – Pronampe 2025: conheça a linha de crédito do governo para micro e pequenas empresas!

Desafios e oportunidades no nanoempreendedorismo

O naanoempreendedorismo traz diversos benefícios para os pequenos empreendedores que até então viviam na informalidade. Dentre os principais estão:

  1. Isenção de pagamento dos impostos;
  2. Carga tributária menor;
  3. Acesso a benefícios sociais e créditos;
  4. Simplificação das obrigações fiscais.

Entretanto, ainda que traga benefícios, muitos são os desafios enfrentados na sua implementação, como por exemplo a falta de recursos e conhecimento.

Por isso, é importante que o governo em parceria com ONGs e prefeituras locais intensifique a comunicação com a população para superar esse desafio.

Pois, a introdução dessa nova modalidade será capaz de tirar muitos trabalhadores da informalidade, garantindo mais justiça social às pessoas que precisam.

Como se tornar um nanoempreendedor?

Para se tornar um nanoempreendedor é importante acompanhar as atualizações sobre a formalização dessa nova categoria, introduzida pela reforma tributária.

Atualmente, o governo está desenvolvendo uma plataforma digital específica para o cadastro de nanoempreendedores. Embora ainda não esteja disponível, o processo de inscrição deverá ser simples e direto.

Enquanto a plataforma não é lançada, você pode começar a planejar seu negócio, garantindo que seu faturamento anual não ultrapasse R$ 40,5 mil e que sua atividade seja exercida de forma individual, sem contratação de funcionários.

Conclusão

Como podemos ver, o nanoempreendedorismo surge como uma alternativa acessível e descomplicada para quem deseja empreender sem burocracia e altos custos.

Seja vendendo produtos, oferecendo serviços ou utilizando plataformas digitais, essa modalidade permite que milhares de brasileiros gerem renda e conquistem mais autonomia financeira.

Com o apoio de ferramentas digitais, redes de suporte e programas de capacitação, nanoempreendedores têm cada vez mais oportunidades para crescer e se destacar no mercado.Gostou deste artigo? Então visite o blog da Acordo Certo e leia outras matérias como essa. Lá você poderá também consultar o seu CPF e até renegociar dívidas com 99% de desconto. Até a próxima! 👋

FAQ: Perguntas frequentes

Nanoempreendedor e autônomo são a mesma coisa?

Todo nanoempreendedor é um trabalhador autônomo, mas nem todo autônomo se enquadra como nanoempreendedor. O nanoempreendedorismo é uma categoria específica criada pela reforma tributária para profissionais que faturam até R$ 40,5 mil por ano e trabalham individualmente.

Nanoempreendedores precisam pagar impostos?

Atualmente, a categoria de nanoempreendedor foi criada para isentar esses profissionais de impostos como IBS e CBS, previstos na reforma tributária. No entanto, eles ainda podem ter que contribuir para o INSS caso queiram garantir benefícios previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença.

O nanoempreendedor pode contratar funcionários?

Não. A principal característica do nanoempreendedorismo é que ele é voltado para negócios individuais, sem contratação de funcionários. Caso o profissional queira expandir e contratar alguém, ele precisará migrar para outra categoria, como o MEI ou uma microempresa, que possuem regras e obrigações diferentes.

Como um nanoempreendedor pode conseguir crédito para investir no seu negócio?

Apesar de não ter um CNPJ, o nanoempreendedor pode buscar crédito como pessoa física. Alguns bancos e fintechs oferecem linhas de microcrédito específicas para pequenos empreendedores, com juros reduzidos e condições mais flexíveis. 

Esse conteúdo foi útil?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.
*Campos obrigatórios.

A Acordo Certo é uma empresa que possibilita a renegociação de dívidas 100% online, de forma fácil e com descontos exclusivos. Além disso, disponibilizamos gratuitamente o Blog Acordo Certo, que tem como objetivo orientar, informar, educar e incentivar os consumidores a melhorarem sua saúde financeira.

A Acordo Certo é uma empresa que possibilita a renegociação de dívidas 100% online, de forma fácil e com descontos exclusivos. Além disso, disponibilizamos gratuitamente o Blog Acordo Certo, que tem como objetivo orientar, informar, educar e incentivar os consumidores a melhorarem sua saúde financeira.