Descubra a verdade por trás da inflação: Saiba o que é, como ela funciona e 10 formas de evitar que afete suas finanças.

O que é inflação? Descubra qual o impacto dessa taxa na sua vida!

Em algum momento você já deve ter se perguntado o que é inflação e como essa taxa impacta o seu dia a dia, não é mesmo?

Falando resumidamente, a inflação é o aumento contínuo e persistente dos preços de bens e serviços na economia que são medidos por um índice. No caso do Brasil, o indicador oficial da inflação é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Por se tratar de uma situação na qual os preços oscilam para cima, você já pode presumir que há um grande impacto no seu bolso. Por isso, é tão importante entender o que é a inflação e como se proteger dela.

Neste artigo vamos explicar mais sobre esse fenômeno, como ele impacta o seu dia a dia, e falar dos principais tipos de inflação existentes. Preparados? Então vem com a gente!

O que é inflação?

A inflação é um termo usado que representa o aumento generalizado de bens e serviços na economia. Por exemplo, quando começa a subir o preço de tudo como alimentos, escola, roupas, aluguel e outros itens, podemos dizer que a economia está inflacionária.

Há muita confusão entre inflação e aumento pontual de preços. Por exemplo, se você vai no supermercado e o leite está mais caro, mas o arroz, o feijão e os demais itens estão com o mesmo preço, isso não é inflação.

Nesse caso houve um aumento pontual no preço do leite que foi provavelmente causado por algum fator microeconômico, como por exemplo: uma quebra de safra, um aumento na exportação, falta do produto internamente etc.

Mas se você vai no mercado e começa a ver o preço de tudo subir, aí então podemos dizer que o processo inflacionário está realmente acontecendo.

Por isso, existem índices oficiais para medir a inflação, e o Banco Central, assim como o Governo Federal adotam estratégias para que o preço dos produtos não saia de controle.

Como a inflação é calculada?

Existem várias metodologias usadas para calcular a inflação, por isso, não existe uma fórmula exata. No Brasil, o IPCA é considerado o índice oficial da inflação, mas fora ele também existe o INPC.

Esse último é a sigla para Índice Nacional de Preços ao Consumidor e também é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Fora eles, também existem outros índices como o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado) que é calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Por serem calculados por metodologias diferentes, é muito comum que o percentual de um índice não seja igual a outro. 

O IPCA, por exemplo, é calculado coletando preços de uma cesta de produtos que representa o consumo das famílias ao longo do tempo. Todos os meses são levantados os preços desses produtos nas principais capitais do país.

Portanto, vai-se medindo o aumento de um mês para outro, até que se chegue à inflação anual. Esses produtos são divididos em categorias, sendo que é dado um peso para cada uma delas.

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Qual o impacto da inflação no nosso dia a dia?

Por se tratar de um aumento generalizado de preços, a inflação impacta diretamente a vida dos consumidores, uma vez que representa aumento no custo de vida e redução do poder de compra da moeda.

Por exemplo, imagine que você vai no supermercado e compra exatamente 10 itens de uma determinada marca com R$100 em um mês. Após 1 ano você volta ao supermercado, compra os mesmos 10 itens, só que dessa vez eles não custam mais R$100.

Vamos imaginar que nesse cenário, o valor tenha subido para R$110. Assim, podemos dizer que houve um aumento de 10% no preço dos produtos, ou seja, ocorreu um processo inflacionário.

Se o valor do seu salário permanecer o mesmo, isso quer dizer que você perdeu R$10 de poder de compra que poderia comprar outro item, ou até mesmo poupar, mas teve que usar para fazer as compras do supermercado.

Como economizar no dia a dia e se proteger da inflação?

Fugir de uma alta generalizada de preços não é tarefa simples, mas com organização é possível criar essa proteção. Para isso, adote algumas estratégias como:

  1. registre seus gastos;
  2. economize no supermercado;
  3. reduza sua conta de energia elétrica ao economizar no dia a dia;
  4. economize gás;
  5. veja dicas para economizar água;
  6. use cupons de desconto;
  7. reavalie suas assinaturas;
  8. compre itens usados;
  9. procure fazer renda extra;
  10. economize na compra do material escolar das crianças

Registre seus gastos

O primeiro passo para se proteger da inflação é controlar minuciosamente todos os seus gastos. Afinal, são as pequenas compras que acabam estourando o orçamento.

Além disso, o controle permite avaliar quais são os itens que estão com alta nos preços, e então substituí-los por outros.

Por exemplo, imagine que você use azeite para fazer o arroz. Se o azeite estiver subindo de preço, você pode substituí-lo pelo óleo. E pode fazer isso com todos os itens.

Economize no supermercado

Quando os preços estão altos o ideal é economizar no supermercado para evitar gastos excessivos. Então, não compre itens desnecessários e faça uma lista para segui-la à risca.

Ah, e procure não levar filhos na hora de fazer as compras, pois eles podem começar a pedir produtos que vão sair do seu orçamento. Isso é muito importante.

Se na sua cidade tiver os famosos atacarejos, opte por fazer compras neles, pois geralmente possuem um preço mais em conta nos produtos.

Economize na energia elétrica

Você também pode começar a economizar na conta de energia para aliviar o orçamento e fugir da inflação. Portanto, se não estiver usando um aparelho, tire ele da tomada.

Só passe as roupas se isso for realmente necessário, caso contrário pendure-as em um cabide no banheiro durante o banho quente.

Evite usar o chuveiro em horário de pico, que normalmente é entre às 17h e 22h, e nunca pendure roupas atrás do refrigerador, pois isso aumenta o consumo.

Economize gás

O gás é um produto que pode encarecer o seu bolso, ainda mais em tempos de inflação. Então, mantenha as bocas do fogão limpas, pois a sujeira aumenta o consumo.

O que você conseguir, faça na panela de pressão que será mais rápido e evitará que você gaste mais gás. Ah, e corte os alimentos em tamanho menor para agilizar o preparo.

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Economize água

Para economizar água, esteja sempre atento a vazamentos no quintal da sua casa, ou até mesmo dentro dela. Se ocorrer vazamentos providencie o conserto urgente.

Se puder, use água de reuso para lavar quintal e garagem, e no momento em que estiver se ensaboando desligue o chuveiro. Faça o mesmo enquanto você ensaboa a louça.

Use cupons de descontos

Usar cupons de descontos nas suas compras é uma excelente estratégia para fugir da inflação. Portanto, isso ajuda a economizar com vários itens.

Existem sites como a Cuponomia que lista diversos tipos de cupons, bem como cartões de crédito que oferecem cashback e ajudam você a economizar.

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Reavalie suas assinaturas

Quantas vezes vamos assinando um TV aqui, outro jornal ali e quando nos damos conta, estamos com uns 10 planos de assinaturas ativos?

Por isso, é muito importante avaliar as suas assinaturas, até porque, elas podem prejudicar o seu orçamento, e quando a economia está inflacionária, pode corroer o seu salário. Então, não assine nenhum plano se você não usar.

Compre itens usados

Normalmente os produtos usados são mais baratos e podem suprir suas necessidades da mesma forma. Por que não comprar roupas em brechós?

Existem muitas peças boas que são mais baratas do que se você tivesse comprado um item novo. E o mesmo vale para móveis, eletrodomésticos, eletrônicos etc.

Procure fazer renda extra

Se por algum motivo os preços subirem a ponto de faltar dinheiro no seu orçamento, considere fazer uma renda extra.

Você pode vender marmitas no almoço, fazer UBER, enfim, com o desenvolvimento da economia, há muitas maneiras de pensar em fazer um dinheiro extra.

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Quais os principais índices de inflação no Brasil?

Conforme dissemos, para medir a inflação são usados alguns indicadores, sendo os mais comuns o IPCA e o INPC. Vamos falar sobre eles.

IPCA

O IPCA é um índice medido pelo IBGE que avalia o preço de uma cesta de produtos entre os dias 1º e 30 de cada mês, e compara com os preços do mês anterior.

A diferença entre o preço de um mês e do outro seria a inflação do período. Esses produtos são consumidos por famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos e são divididos em 8 grandes grupos como:

  1. habitação;
  2. vestuário;
  3. despesas pessoais;
  4. transporte;
  5. comunicação;
  6. alimentação;
  7. saúde;
  8. educação.

INPC

O INPC mede a variação no preço dos produtos destinados às famílias que possuem renda de até 5 salários mínimos. Ou seja, avalia como a inflação está impactando as camadas de renda mais baixa do Brasil.

Por se tratar de um índice que está focado em famílias que ganham menos, esse indicador acaba servindo como parâmetro para o reajuste do salário mínimo.

E o que é a taxa Selic?

É preciso entender que a taxa Selic não tem nada a ver com índice que mede a inflação, mas ela é responsável pelo controle inflacionário.

Afinal, quando a inflação está elevada, o governo aumenta a taxa Selic para diminuir a oferta de crédito no mercado, retraindo o consumo e diminuindo a demanda agregada.

Com isso a oferta fica maior que a procura, e o preço de todas as coisas tende a cair. Por isso, há uma relação direta entre taxa Selic e inflação.

Quer entender melhor a taxa Selic? Então confira esse vídeo 👇

Quais as causas da inflação?

Ainda que seja um processo estudado constantemente, já existem algumas causas que podem acarretar em processo inflacionário, como:

  1. aumento da demanda;
  2. aumento ou pressões nos custos;
  3. expectativas de inflação;
  4. aumento de emissão de moeda.

Aumento da demanda

O aumento da demanda acontece quando a procura por um produto é maior do que a oferta dele. Imagine que uma pessoa está vendendo um computador, e existem 2 interessados. Obviamente ela venderá para quem pagar mais.

Então, sempre quando existir mais pessoas querendo comprar um produto do que outras querendo vender, haverá uma demanda maior que a oferta, o que resultará em aumento de preços e inflação.

Aumento ou pressões nos custos

Existe também a inflação de custos, chamada de inflação da oferta e geralmente acontece quando algum fator pressiona os preços como aumento nos combustíveis ou da energia elétrica.

Afinal, todos os produtos precisam ser entregues e a produção precisa de energia elétrica para funcionar. Portanto, há situações em que mesmo com a demanda desaquecida, há aumentos no preço dos produtos.

Expectativas de inflação

A expectativa de inflação, também conhecida como inércia inflacionária, está relacionada ao processo em que a inflação passada gera uma expectativa de inflação futura.

Por exemplo, se em 1 ano houve uma inflação de 50%, os agentes do mercado (funcionários, donos de imóveis, prestadores de serviços) tendem a aumentar os preços no ano seguinte para tentar se proteger de uma possível inflação.

Isso gera a chamada memória inflacionária que pode dificultar o governo de conseguir equilibrar o aumento de preços.

Aumento da emissão de moeda

A moeda, assim como qualquer produto, também pode ser abundante ou escassa. Quando há uma impressão muito grande de papel moeda, ela vai superar a quantidade de bens produzidos na economia.

O resultado é inflação. Então, se o governo imprimir muito dinheiro, a população não ficará mais rica, afinal, a quantidade de produtos disponíveis não vai aumentar, e o que vai acontecer é a moeda valer menos, e acarretar em processo inflacionário.

Quais são os tipos de inflação?

Os tipos de inflação são também relacionados às suas causas, e podem ser:

  1. inflação de demanda;
  2. inflação de oferta;
  3. inflação global;
  4. inflação inercial;
  5. inflação reprimida;
  6. estagflação;
  7. hiperinflação.

Inflação de demanda

Conforme antecipamos, esse tipo de inflação ocorre quando a procura é maior que a oferta por existir mais consumidores interessados em um produto, do que produtores vendendo aquele produto no mercado.

Inflação de oferta

Nesse caso os preços sobem por conta do aumento de custos como energia, gás, combustível que podem ter origem em fatores climáticos ou até mesmo externos.

Inflação global

Essa situação costuma acontecer por conta de eventos extremos como guerras, secas, pandemias etc. Nesse caso, o aumento de preços acontece em mais do que 1 país.

Inflação inercial

A inflação inercial ocorre quando mesmo com a subida da taxa de juros a inflação ainda persiste, e é originada na memória inflacionária, onde os agentes se baseiam em uma inflação passada para subir o preço.

Inflação reprimida

A inflação reprimida acontece quando o governo cria distorções congelando preços, ou determinando tetos de preço. Isso gera escassez de produtos, e quando os preços descongelam há a inflação reprimida.

Estagflação

A estagflação é um evento no qual há aumento generalizado de preços com recesso econômico, e ainda gera bastante controvérsia. Um dos motivos que pode gerar estagflação é o aumento de custos.

Hiperinflação

A hiperinflação acontece quando há um superaquecimento econômico, e o governo começa imprimir dinheiro em uma velocidade muito alta. O resultado é um aumento muito rápido no preço dos produtos.

Como combater a inflação?

O combate à inflação geralmente é feito pelo Banco Central. As medidas mais adequadas são o aumento da taxa Selic para evitar o consumo excessivo e limitar o crédito, e o controle dos gastos do governo.

Consequentemente a emissão monetária acaba sendo controlada, evitando excesso de dinheiro na economia, o que pode gerar inflação também.

Quando a inflação sai de controle, outras medidas podem ser necessárias, como criar uma nova moeda para tentar excluir a inflação inercial, melhorar o câmbio para evitar inflação de custos etc.

Conclusão

Como podemos ver ao longo deste artigo, a inflação é um processo no qual há uma alta generalizada de preços e que pode comprometer o poder de compra da população.

Assim sendo, o governo adota medidas para combatê-la, como o aumento da taxa de juros, a diminuição dos gastos públicos, a diminuição na impressão de dinheiro etc.

Para conseguir driblar a inflação, nós podemos estocar produtos, substituir produtos mais caros por outros mais baratos, e economizar nas contas de consumo.

Agora que você já sabe o que é inflação e como lidar com esse problema, é só ficar antenado. Ah, e se gostou deste artigo, visite o blog do Acordo Certo e confira outras matérias como essa!

FAQ: Perguntas frequentes

O que é a inflação no Brasil?

A inflação no Brasil é um processo no qual há uma alta generalizada no preço de todos os produtos. Para avaliá-la existem alguns índices como o IPCA e INPC. Então quando a inflação está para sair do controle o governo a identifica e cria medidas para mitigá-la.

Como fica a renda com a inflação elevada?

Quando a inflação está elevada, o preço dos produtos tendem a ficar mais caros e consequentemente o poder de compra diminui, fazendo com que as pessoas busquem substituir produtos, ou deixem de comprar alguns itens.

Como fica o emprego com a inflação elevada?

Geralmente, a inflação acontece por conta do aquecimento econômico, então nesses períodos o emprego tende a estar mais aquecido. Porém, com o tempo e a persistência do aumento de preços, pode-se ter desemprego levando ao processo de estagflação.

Para que serve a taxa de inflação?

A taxa de inflação serve para medir a inflação de uma economia, para o governo avaliar se os preços estão aumentando e diminuindo e então adotar medidas para combater a alta generalizada de preços dos produtos nas gôndolas.

Quais são os benefícios da inflação?

A inflação não traz nenhum benefício para a economia, uma vez que corrói a renda da população e tende a prejudicar as camadas mais pobres, visto que essas são as mais desprotegidas para lidar com o processo inflacionário.

O que acontece quando a inflação baixa?

Quando a inflação baixa, os preços tendem a se normalizar e consequentemente as pessoas passam a ter um maior poder de compra, podem planejar suas finanças para longo prazo, trazendo inúmeros benefícios para a economia.

Imprimir mais dinheiro causa inflação?

Sim. A impressão de papel moeda faz aumentar o dinheiro em circulação, mas não os bens e serviços produzidos, fazendo com o dinheiro perca valor frente a oferta de produtos acarretando no chamado processo inflacionário.

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